ensino e formação

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO DA USP
Área de Concentração História e Fundamentos da Arquitetura e Urbanismo


AUH5861 - PAISAGEM CULTURAL BRASILEIRA: ENCONTROS, TROCAS E HIBRIDISMOS
Professores Responsáveis. Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno, Euler Sandeville Junior (Dante Luiz Martins Teixeira)
Monitora voluntária: Doutoranda Isabelle Carvalho
Terças-feiras, das 14:00 às 18:00 hs.
A disciplina será oferecida em modo híbrido (presencial na Vila Penteado e remoto síncrono)


OBJETIVOS

1. Examinar a paisagem cultural brasileira desde uma perspectiva interdisciplinar, articulando as áreas de Ciências Naturais, História, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Humanas e Sociais;

2. Ressaltar a multiplicidade de fontes de informação existentes sobre o assunto e desenvolver uma visão crítica sobre a falta de integração observada entre as várias áreas do conhecimento envolvidas;

3. Analisar o processo que levou à construção da paisagem cultural brasileira existente nos dias de hoje, ressaltando as principais mudanças observadas ao longo do tempo;

4. Discutir a natureza da paisagem cultural brasileira contemporânea como produto de profundas alterações e numerosos intercâmbios levados a cabo com diferentes biotas e contextos sociais, fruto da constante circularidade de sujeitos, objetos e espécies;

5. Examinar as tendências atuais e perspectivas futuras.

         programa no sistema Janus


PLANO DE AULAS (SUJEITO A ATUALIZAÇÕES)
As aulas em modo remoto síncrono então indicadas a seguir como online



       MARÇO



29/03. [PRESENCIAL] Apresentação do curso (Beatriz Bueno, Euler Sandeville). Paisagem Brasileira e Brasis (Euler Sandeville).


SANDEVILLE JR., Euler. “Breve advertência sobre períodos, e sobre a organização da navegação neste sítio ERRO“. A Natureza e o Tempo (o Mundo), online, São Paulo, 2016.
SANDEVILLE JR., Euler. As representações, o imaginário e as práticas ERROA Natureza e o Tempo (o Mundo), online, São Paulo, 2020.
CHARTIER, R. O mundo como representação. Estudos Avançados, [S. l.], v. 5, n. 11, p. 173-191, 1991.
MENEZES, Ulpiano Bezerra de. A paisagem como fato cultural. In: YÁZIGI, Eduardo (org). Turismo e Paisagem. São Paulo: Contexto, 2002, pg. 65 a 82.
SANDEVILLE JUNIOR, Euler. Visões artísticas da cidade e a gênese da paisagem contemporânea. Encontro Nacional de Antropologia e Performance/USP, 2011, São Paulo. Anais do Encontro Nacional de Antropologia e Performance. São Paulo: Napedra/FFLCH/USP, 2012.
SANDEVILLE JR., Euler. Natureza e artifício: o imaginário e as representações e as práticas. A Natureza e o Tempo (o Mundo), on line, São Paulo, 2020.ERRO
AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Tradução Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009
THÉRY, Hervé e MELLO-THÉRY, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil: Disparidades e Dinâmicas do Território. 3ª ed. São Paulo: EDUSP, 2018.

Acesse uma bibliografia ampliada aqui: ERRO https://anaturezaeotempo.net.br/40-BRASIL-conceituacao.html (abre em nova janela) ERRO



       ABRIL



05/04. [PRESENCIAL] Paisagem. Conceitos e métodos (Euler Sandeville e Beatriz Bueno).

Veja mais referências para estudos da paisagem na seção Apoio didático.


12/04 [ONLINE] Conexões planetárias e intercursos culturais. Islão, Europa, Império Luso como laboratório do mundo (Beatriz Bueno). Imaginário Medieval, Paraíso e a Invenção da América (Euler Sandeville)


CERTEAU, M. de. A operação historiográfica. In A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008, pg 56-108.
GRUZINSKI, Serge. As quatro partes do mundo : história de uma mundialização. Trad. Cleonice Pães Barreto h/lourão, Consuelo Fortes Santiago. Belo Horizonte: Editora UFblG ; São Paulo : Edusp, 2014, pg. 19-49.
TEIXEIRA, Dante Martins. Giovanni da Empoli (1483 1518): a florentine merchant in Portuguese Asia and the earliest specimens of birds of paradise in Europe (Passeriformes, Paradisaeidae).São Paulo: Arq. Zool., 52(5): 71-82, 2021

MORUS, Thomas. A Utopia. Trad. Paulo Neves. Porto Alegre: L&PM, 1997. aqui em inglês e outras edições antigas ou sobre T. Morus). Veja FOLGER SHAKESPEARE LIBRARY: De optimo reip. statu, deque noua insula Vtopia, 1518. PR2321.U82 1518 Cage
VESPÚCIO, Américo. Mundus Novus. Carta a Lorenzo di Piefrancesco dei Medici. In Novo mundo: as cartas que batizaram a América. Prefácio: Antonio Edmilson Martins Rodrigues – 1. ed. – Rio de Janeiro: Fundação Darcy Ribeiro, 2013. 130 p.; 21 cm. – (Coleção biblioteca básica brasileira; 38). pag 3 a 14.
(disponível em inglês e outras edições aqui).

LEITURA DE APOIO
BELLUZZO, A. M. (1996). A PROPÓSITO D’O BRASIL DOS VIAJANTESRevista USP, (30), 6-19.
PERRONE-MOISÉS, L. (1996). ALEGRES TÓPICOS: GONNEVILLE, THEVET E LÉRY. Revista USP, (30), 84-93.
SANDEVILLE JR., Euler. Mundus Novus (C. 1055 a 1749)ERRO. A Natureza e o Tempo (o Mundo), on line, São Paulo, 2016-2018.
SANDEVILLE JUNIOR, Euler. Visões artísticas da cidade e a gênese da paisagem contemporânea. Encontro Nacional de Antropologia e Performance/USP, 2011, São Paulo. Anais do Encontro Nacional de Antropologia e Performance. São Paulo: Napedra/FFLCH/USP, 2012.
SANDEVILLE JR., Euler. A paisagem natural tropical e sua apropriação para o turismo. In Eduardo Yázigi. (Org.). Turismo e Paisagem. São Paulo: Contexto, 2002, v. , p. 141-159
DOSSIÊ BRASIL DOS VIAJANTES. Revista da USP, n. 30, 1996.
SANDEVILLE JUNIOR, Euler, ARAGÃO, Solange de. Poética Tropical. São Paulo: Alameda, 2019. Disponível para aquisição em aqui.



19/04. [ONLINE] O Brasil entre o Archivo de Índias, a VOC e a WIC: das Relaciones Geográficas ao mapa e à Historia Naturalis de Georg Marcgraff (Beatriz Bueno).

BUENO, Beatriz._Mapa, Texto e Contexto num império em movimento. In Lemos, Amalia Ines Geralges e GALVANI, Emerson (org.)Geografia, tradições e perspectivas: a presença de Pierre Monbeing. Buenos Aires: São Paulo: CLACSO, Expressão Popular, 2009, p. 231-246
MENEZES, Catarina Agudo. Alagoas além do açúcar: diversidade econômica e formação do território no século XVIII. Orientador Nestor Goulart Reis Filho. São Paulo: Tese (Doutorado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Área de concentração: História e Fundamentos da Arquitetura e Urbanismo, 2017.
TEIXEIRA, D. M. Todas as criaturas do mundo: a arte dos mapas como elemento de orientação geográfica . Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, [S. l.], v. 17, n. 1, p. 137-154, 2009.



26/04. [PRESENCIAL] A Paulistânia entre a mineração e o tropeirismo: arqueologia da paisagem do Caminho do Viamão. (Beatriz Bueno).

BUENO, B. P. S. Decifrando mapas:sobre o conceito de "território" e suas vinculações com a cartografia . Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, [S. l.], v. 12, n. 1, p. 193-234, 2004.
KANTOR, I. Cartografia e diplomacia: usos geopolíticos da informação toponímica (1750-1850) . Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, [S. l.], v. 17, n. 2, p. 39-61, 2009.
REIS FILHO, Nestor Goulart. As minas de ouro e a formação das Capitanias do Sul. [S.l: s.n.], 2013.
BUENO, B. P. S, 2021. Introdução.
BUENO; BARRETO; DIAS, 2021. Cultura material e práticas sociais no Caminho do Viamão: paisagens toponímicas, arqueologia do cotidiano das viagens, perfil e bagagem dos tropeiros (séculos XVIII e XIX).


       MAIO



03/05. [PRESENCIAL] Paisagens no plural: Sertões do Poente e Sertões de Mar a Mar (Beatriz Bueno, Nádia Mendes de Moura).

MOURA, N. M. de . A cidade enquanto artefato: o que evidenciam as décimas urbanas acerca da decadência na capitania de Goiás. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, [S. l.], v. 29, p. 1-62, 2021.
Gilles Palsky. Le projet de standardisation de la cartographie militaire en France au XIXe siècle



10/05. [ONLINE] Paisagens transfronteiriças: Amazônia (Beatriz Bueno, Renata Martins, Pedro Hungria Cabral, Márcio Coelho de Carvalho).

BUENO, B. P. S., CABRAL, P. H., CARVALHO, M. R. C. de. Pensar con los ojos, Terra Brasilis (Nova Série) [Online], 14 | 2020



17.05 [ONLINE] Paisagem em Humboldt e Goethe (Esdras Arraes). Sertões do Norte (Beatriz Bueno, Esdras Arraes, Isabelle Carvalho).

ARRAES, D. E. A. (2021). A aventura toponímica dos sertões das capitanias do Norte e do Estado do Maranhão: paisagem, povoamento e diversidade. Anais Do Museu Paulista: História E Cultura Material, 29, 1-39.



24/05. [PRESENCIAL] Arqueologia da Paisagem: Espacializando a história de São Paulo e outras cidades. Cartografia e geotecnologia (Beatriz Bueno, Ana Carolina Gléria Lima, Letícia Falasqui Rocha, Lindener Pareto Jr.). .

BUENO, B. P. S. Arqueologia da paisagem urbana: lógicas, ritmos e atores na construção do centro histórico de São Paulo (1809-1942). Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, [S. l.], n. 64, p. 99-130, 2016. Arquivo
GAUTHIEZ, B. et al. «Un conte de deux villes : une géohistoire comparée de São Paulo et Lyon, 500 000 habitants en 1920», Confins [Online], 50 | 2021 URL
FERLA, Luis. O SIG do passado tem futuro? A experiência do Hímaco como subsídio ao debate. Educ. foco, Juiz de Fora, v. 24, n. 2, p. 634-658, Mai/ago 2019
LEPETIT, B. Arquitetura, Geografia e História Os usos da escala. In Por uma nova História Urbana. Org. Heliana Angoti Salgueiro. Trad. Cely Arena. São Paulo: EDUSP, 2001, p. 191-226



31/05. [ONLINE] Representações da natureza e do Brasil na virada para o século XIX (Euler Sandeville)

SILVA, José Bonifácio de Andrada e; ANDRADA, Martin Francisco Ribeiro de. Viagem mineralógica na Província de São Paulo. Separata do Boletim Paulista de Geografia, São Paulo, n. 16, março de 1954, p. 66 a 74 e n. 17, julho de 1954, p. 52-62.
DOWLOAD:         1 parte         2 parte
RUGENDAS, Johan Moritz. Viagem pitoresca através do Brasil. Belo Horizonte, Itatiaia, 1989.
MARTIUS, Karl Friedrich Von. Como se deve escrever a Historia do Brasil. Dissertação Oferecida ao Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, pelo dr. Carlos Frederico Ph. De Martius acompanhada de uma biblioteca brasileira, ou lista das obras pertenecentes a Historia do Brasil. Revista de Historia de América, no. 42 (Dec., 1956), pp. 433-458 [Revista do IHGB em 1845]

VANZOLINI, P. (1996). A CONTRIBUIÇÃO ZOOLÓGICA DOS PRIMEIROS NATURALISTAS VIAJANTES NO BRASIL. Revista USP, (30), 190-238.
SANDEVILLE JR., Euler. A paisagem da viagem e a natureza da razão. In: JORGE, Luis Antonio. (Org.). II Seminário Internacional Espaços Narrados: as línguas na construção dos territórios ibero-americanos. 1ed.São Paulo: FAU/USP, 2019, v. 1, p. 945-965.
SANDEVILLE JR., Euler. Johann Moritz Rugendas: vivência, observação e invenção de uma natureza tropical brasileira In: Paisagens Culturais. Interfaces entre Tempo e Espaço na Construção da Paisagem Sul-Americana ed.Rio de Janeiro : Escola Nacional de Belas Artes publicações, 2008, v.2, p. 199-210.


       JUNHO



07/06. [PRESENCIAL] Paisagem, literatura e fotografia no Brasil do século XIX (Solange Aragão).Expedições e Comissões: Missão Cruls (Gabriel Fernandes).




       MÓDULO DE ENCERRAMENTO: UMA CONVERSA SOBRE O FUTURO E AS LEMBRANÇAS E PERSISTÊNCIAS DO PASSADO.




14/06. [ONLINE] Um novo mundo! (Euler Sandeville).
Uma conversa sobre o futuro e as lembranças e persistências do passado.

Para esta aula, visite os vídeos das aulas dos últimos módulos (terceiros módulos) das disciplinas abaixo
(links abrem em novas janelas do navegador)
2020: AUP5871 - REPRESENTAÇÕES DA PAISAGEM BRASILEIRA: NATUREZA, ARTE E CULTURA. Prof. Resp. Euler Sandeville Junior
2021/2 AUH0119 - HISTÓRIA DE PAISAGEM BRASILEIRA. Profs. Resps: Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno e Euler Sandeville Jr. (Sênior)

E a bibliografia indicada para a última aula
AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Tradução Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009 [2006].
SANDEVILLE JR., Euler. “A Terra azul…Que mundo é esse? 1. o mundo contemporâneo (ou: depois do fim do mundo)“. A Natureza e o Tempo (o Mundo), on line, São Paulo, 2016.



21/06. [PRESENCIAL] Que país é esse? Algumas disputas, fantasmagorias e representações do Brasil no cinema (Euler Sandeville).
Uma conversa sobre o futuro e as lembranças e persistências do passado.

1930 - Limite, Mário Peixoto cinemateca
1950 - Caiçara, Adolfo Celi, Tom Payne e John Waterhouse cinemateca
1951 - Terra é Sempre Terra, Alberto Cavalcanti cinemateca
1952 - Tudo Azul, Moacyr Fenelon cinemateca
1953 - Cangaceiro, Lima Barreto cinemateca
1955 - Rio 40 graus, Nelson Pereira dos Santos cinemateca
1957 - Absolutamente Certo, Anselmo Duarte cinemateca
1959 - Cala a Boca Etelvina, Eurípedes Ramos cinemateca
1959 - Jéca Tatu, Mazzaropi cinemateca
1959 - Orfeu Negro, Marcel Camus cinemateca
1963 - Vidas Secas, Nelson Pereira dos Santos cinemateca
1964 - Deus e o diabo na terra do sol, Glauber Rocha cinemateca
1966 - Na onda do Iê-Iê-Iê, Aurélio Teixeira cinemateca
1967 - Terra em transe, Glauber Rocha cinemateca
1968 - O Bandido da Luz Vermelha, Rogério Sganzerla cinemateca
1969 - Macunaíma, Joaquim Pedro de Andrade cinemateca
1981 - Eles não usam black-tie, Leon Hirszman cinemateca
1998 - Central do Brasil, Walter Salles cinemateca
2001 - O Invasor, Beto Brant cinemateca
2012 - Febre do Rato, Cláudio Assis cinemateca
2012 - À beira do caminho, Breno Silveira filmow
2014 - A Luneta do Tempo, Alceu Valença cinemateca
2014 - O Homem Comum, Carlos Nader loja Moreira Sales
2019 - Bacurau, Kleber Mendonça Filho, Juliano Dornelle filmow
temas geradores: o rural, o sertão, o urbano, na estrada, cultura de massa...


28/06. [PRESENCIAL] Território de Interesse da Cultura e da Paisagem. Natureza e território: para uma estruturação ambiental urbana de São Paulo. Interações escalares e conexões (Euler Sandeville).
Uma conversa sobre o futuro e as lembranças e persistências do passado.


Para conceituação e processo de criação dos TICPs em São Paulo veja conteúdo disponível nesta página do Projeto Biosphera21
Para vídeos conceituando a proposição do TICP clique aqui.
Para conceituação e conteúdo específico do TICP Jaraguá Perus Anhanguera, inclusive alguns trabalhos acadêmicos decorrentes já disponíveis, clique aqui

referências bibliográficas:
SANDEVILLE JR., Euler; BIRELLO, Fernando; BORTOLO, Mario; DEBOA, Suerda; FELICIANO PALMA, Bruna; GODOY BUENO, Flávia Assumpção; KINKER, Fabio; MARCOLINO, Miriam; RIBARIC, Adrian. Reserva Jaraguá-Cainás x Terra Indígena Guarani, Unidade de Conservação, ecologia da Paisagem e Patrimônio Cultural. Universidade Livre e Colaborativa/ Biosphera21, 2020.
SANDEVILLE JR., Euler. Programa Universidade Livre e Colaborativa: Processos Colaborativos de Construção do Conhecimento e Aprendizagem em Ação (2003-2012; 2012-2015). Núcleo de estudos da Paisagem, on line, São Paulo, 2018.
SANDEVILLE JR., Euler; FERNANDES, Gabriel de Andrade; BORTOTO, Regina Célia Soares. Universidade livre e colaborativa em Perus: uma experiência didático-pedagógica de aprendizagem colaborativaIn:Arquitectura y calidad socioambiental en ciudades del Cono Sur, Arquitetura e qualidade socioambiental nas cidades do Cone Sul[S.l: s.n.]. Organização: Luis Muller e Maria Lucia Refinetti Martins. (Org.). São Paulo; Buenos Aires: FAU USP (Brasil) e FADU UNL (Argentina), 2016, v. , p. 135-147.
SANDEVILLE JR., Euler. Participação e universidade. Universidade e participação In: Anais do  Seminário Nacional Paisagem e Participação: Práticas no Espaço Livre Público. São Paulo: FAU USP, 2007.
SANDEVILLE JR., Euler. Participação e universidade. Universidade e participação In: Anais do  Seminário Nacional Paisagem e Participação: Práticas no Espaço Livre Público. São Paulo: FAU USP, 2007.



       JULHO



12/07. [PRESENCIAL] O Mundo Contemporâneo e o Brasil como problema (Euler Sandeville).
Uma conversa sobre o futuro e as lembranças e persistências do passado.

AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Tradução Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009 [2006]..

SANDEVILLE JR., Euler. “A Terra azul…Que mundo é esse? 1. o mundo contemporâneo (ou: depois do fim do mundo)“. A Natureza e o Tempo (o Mundo), on line, São Paulo, 2016.



JUSTIFICATIVA

Na contramão de uma história eurocêntrica, os "encontros" (CERTEAU, 1990) e trocas culturais em escala "global" (BROTTON & JARDINE, 2000; BROTTON, 2009; GOODY, 201O) têm inspirado cada vez mais questões, resultando em paisagens culturais híbridas, fruto da ampla circulação de sujeitos, artefatos, ideias, formas e espécies da fauna e da flora. Ancorada nos recentes conceitos de "Paisagem Cultural", "Encontros Culturais" e "História Global", a disciplina visa ensinar a ler e desconstruir, nas "rugosidades" do espaço (SANTOS, 1994), processos de interação entre o fazer humano e a natureza em uma perspectiva de longa duração (BRAUDEL, 1979a, 1979b). A partir da década de 1970, as relações dos homens com o "mundo natural" passaram a despertar cada vez mais interesse, dando margem ao aparecimento de trabalhos mais abrangentes ligados ao estudo da paisagem (e.g. SCHAMA, 1996) da expansão europeia (e.g. CROSBY, 1986, 1994, 2003; GERBI, 1975; TURNER, 1983). Não obstante, abordagens que levem em conta a paisagem natural e suas interações ainda são muito escassas em nosso país, mesmo considerando o aparecimento de análises recentes voltadas sobretudo para a destruição da chamada "Mata Atlântica" (e.g. DEAN, 1995). Partindo de uma perspectiva interdisciplinar, o presente curso pretende discutir tanto a natureza da paisagem cultural brasileira quanto as mudanças observadas ao longo da história até sua conformação atual, tendo como pano de fundo os testemunhos produzidos desde o século XVI - cronistas, naturalistas viajantes, cartógrafos etc. - até as mídias atuais – cinema, audiovisuais, fontes impressas, literatura especializada etc.


OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

Disciplina ofertada em formato híbrido. As aulas, quando on-line, serão síncronas Porcentagem de aulas presenciais: 53%; Porcentagem de aulas on-line: 47%. Fontes primárias, envolvendo documentos visuais e textuais, serão disponibilizados para o aluno em plataforma Moodle USP E-Disciplinas e Google Drive. A plataforma utilizada para transmissão de aulas síncronas será o Google Meet. A presença na Universidade será obrigatória nas aulas presenciais, e nelas estarão presentes professores e alunos. A interação entre aluna/aluno e professora/professor se dará somente durante as aulas. Metodologias ativas de ensino, atividades de cooperação e colaboração entre os alunos serão mobilizadas, por meio de seminários sobre documentação primária e interpretação de filmes. A forma de controle da frequência nas aulas será remota ou presencial, de acordo com as aulas, lembrando que alunos têm que atender a frequência mínima de 75% na disciplina. É obrigatória a disponibilidade de câmera e áudio (microfone) por parte dos alunos nas aulas remotas para garantir a interação. A FAU-MARANHÃO encontra-se com infraestrutura adequada para acesso à plataforma Google Meet (sala de aula com infraestrutura de multimídia; equipamentos necessários a participação dos alunos e outros) quando for necessário acionar algum docente convidado remotamente.


FORMA DE AVALIAÇÃO

Considerando a natureza multidisciplinar da matéria proposta, a participação dos alunos, a leitura de textos e análise de documentos escritos, artísticos e cinematográficos e a apresentação de seminários são estratégias didáticas para aferição da aprendizagem dos conteúdos ministrados. O Trabalho Final consistirá num artigo de 1.600 palavras para revista especializada, incorporando as contribuições teórico-metodológicas da disciplina e interesses de pesquisa dos alunos = 6 pts. (individual). Leitura de textos e análise de documentos escritos, artísticos e cinematográficos e a apresentação de seminários = 4 pts (em grupo)


BIBLIOGRAFIA

AMARAL, L., 1939-1940. História Geral da Agricultura Brasileira. São Paulo: Companhia Editora Nacional.

ARNOLD, D., 1996. The Problem of Nature: environment, culture and European expansion. Cambridge: Cambridge University Press.

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BETHENCOURT, F. & CURTO, D. R. (ed), 2007. Portuguese Oceanic Expansion, 1400- 1800. Cambridge University Press.

BELLUZZO, A M. 1994. O Brasil dos Viajantes. São Paulo: Metalivros.

BLOCH, M, 1968. Les caracteres originaux de l'Hístoire Rurale Française. Paris: Armand Collins. BRAUDEL, F., 1979a. Civilisation Matérielle, Économie et Capitalisme. Paris: Armand Collins. Tome I. Les Structures du Quotidien.

BRAUDEL, F., 1979b. Civilisation Matérielle, Économie et Capitalisme. Paris: Armand Collins. Tome II: Les Jeux de I'Échange.

BROTTON. J., 2003. Trading territories: mapping the early modem world. London: Reaktion Books.

BROTTON, J. & JARDINE, L. 2000. Global Interests: Renaissance art between East and West. London; Reaktion Books- Picturing History.

BROTTON, J., 2009. O Bazar do Renascimento: Da Rota da Seda a Michelangelo. são Paulo: Grua. BURKE, P., 20010. Hibridismo Cultural. Madrid: Akal Ediciones.

CARITA, H. & CARDOSO, A. H. Tratado da grandeza dos jardins em Portugal ou originalidade e desaires desta arte. 2... ed. Venda Nova: Bertrand Editora, 1998.

CERTEAU, M. de. 1990. L 'invention du quotidian. Paris: Éditions Gallimard.

CERTEAU, M. de, 2008. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense Universitária. CHARTIER, R., 2009. A história ou a leitura do tempo. Belo Horizonte: Autêntica Editora. CHOAY, F., 2001. A alegoria do patrimônio. São Paulo: UNESP.

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CROSBY Jr., A.W., 1986. Ecological lmperialism: the biological expansion of Europe, 900- 1900. Cambridge: Cambridge University Press.

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Aprender entre outros, uns com os outros, para gerar ideias de ações melhores para o Século 21.
O mundo que ajudarmos a construir, sabendo disso ou não, é aquele em que viveremos.
O mundo não será diferente das atitudes que tomamos.



Animação de Euler Sandeville, provável 2001


religare ↑

espiral da sensibilidade e do conhecimento ↑



uma proposta de Euler Sandeville Jr.



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