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REFLETINDO (continuando)


Euler Sandeville Jr,
19/06/2018


Ser cristão começa e continua no caminho do perdão, é ser perdoado, e então aprender a perdoar também. Assim, quando digo que tenho superado muito, ou falo sobre aquilo em que ainda gostaria de ser melhor, de crescer ou superar, ou do que atua no limite do que sou, não estou falando de culpa, de remoer o passado, mas de experimentar o perdão e de experimentar um crescimento que essa liberdade oferece e estimula. Não se trata então de culpa, as Escrituras não propõem a culpa (vou fazer o post 5 resumidamente sobre isso). Trata-se de experimentar o amor de Deus, a quem respondemos com o amor a Deus. Essa é uma experiência de liberdade. é leve, é alegre, é plena.

Acredito que muita gente queira crescer e superar-se, mas precisamos saber o que queremos com isso. Para mim, nada tem a ver com possibilidades de consumo e de poder (mesmo que simbólico), com acúmulos de conhecimento e seus graus, com ser parte de agremiações partidárias. Não, tem a ver com valores e práticas. Daí porque preciso pensar, preparar-me para me inserir de acordo com minhas convicções em campos tensos e contraditórios que nos afetam a todos. Isso exige algo fora de moda, pensar, refletir, pausar, reavaliar, continuamente.

Até por profissão – educador e urbanista – estou imerso em muitas das questões ardentes que afligem, ainda que de formas contraditórias, parceiros e amigos, conhecidos e populações inteiras nesse tempo que estamos vivendo. Nunca penso só para mim, e meu pensamento envolve valores, sentimentos e princípios que devo partilhar e que devem produzir coisas que não sejam só para mim. Então, pareceu-me razoável expor (essa é a palavra, não?) as indagações que tenho feito ao tempo e aos contextos em que vivo, neste momento em que estou da reconstrução de minhas práticas. Com sinceridade.

Segundo, porque há muito engano em torno do que chamam de cristianismo e cristão. Não pretendo entrar em outras formas de ver o mundo. Não há unidade nessas questões e não sei porque devesse haver, muito menos que valor haveria em fazer parecer existir unidade. Há formas diferentes de ver o mundo, não vamos reduzi-las a um grande campo insosso em que tudo fica igual, porque de fato não é assim. O que não deve haver é hostilidade. Como em vários campos das práticas humanas, um caminho pode excluir o outro e pode ter também pontos de contato. É assim também com a fé em Deus, através de Cristo. Sim, ela é a verdade, se vivemos de fato como Ele como nos chama, porém a verdade não se impõe, a verdade convida (como lemos em Provérbio e nos Evangelhos); somos todos um sopro em busca da verdade e do sentido.

Terceiro, porque muito do que digo aqui, descontada a dimensão da fé, que para mim não pode ser descontada, mas aos outros não pode ser cobrada ou imposta, são questões com as quais todos nos deparamos. Pode haver algum problema, porque não pensaremos todos do mesmo modo sobre algumas pautas, mas não seria justamente o caso de sabermos que há divergências, que podem ter suas razões, que podem ser importantes sem termos que com isso neutralizar os campos em que nos encontramos? Isso não significa que temos de concordar, mas temos a obrigação de nos respeitar.

Julguei assim por bem trazer as minhas inquietações e esperanças, senão mesmo uma obrigação. Não estou pronto ao iniciar. Deus e as Escrituras são a verdade e a vida em sua própria essência, já eu sou apenas uma pessoa em busca de viver na verdade. Essa distância em que me encontro é a paixão da existência para o melhor ou o pior, sua possibilidade de comunhão co Deus, descoberta, aprendizagem.




Nota de esclarecimento. Aqui é necessário dizer que distinguo, pelo menos para os cristãos (a quem me cabe pensar) entre religião e fé. Geralmente a palavra religião tem para mim uma conotação negativa, fortemente comportamental, ritual, de normas e teologias, fortemente organizacional, geralmente hierárquica e rígida, fortemente estruturada e estruturadora, fortemente agregadora e passional a partir do que poderíamos chamar também de uma “confissão”.

Daí porque, o que não deixa de ser engraçado, o mundo contemporâneo, e os campos em disputa, negando a religião, são em tudo muito e desconfortavelmente religiosos (ainda quando sem Deus ou sem o Altíssimo, o Santo, o Criador). De uma forma ou de outra, parece que “nossa época” ficou só com a religião, e ficou sem Deus.


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