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NÚCLEO DE ESTUDOS DA PAISAGEM (NEP - FAU USP)
Professor Responsável: Euler Sandeville Junior

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VALORES RELACIONAIS


O Núcleo de Estudos da Paisagem adota valores ou diretrizes visando qualidades não apenas na pesquisa, mas no desenvolvimento mais pleno do pesquisador e do grupo. Essas metas envolvem três áreas:

a) a das relações consigo mesmo, com a orientação e com os colegas no grupo;
b) a dos compromissos do Núcleo de Estudos da Paisagem enquanto partícipe da universidade pública com a função social da pesquisa e do ensino;
c) a dos objetivos e qualidades das relações que o Núcleo e seus pesquisadores estabelecem no campo, e dos compromissos em nossos trabalhos com as pessoas envolvidas.

Esse conjunto de recomendações intenciona direcionar focos e estratégias. Entendemos que isso complementa, na relação entre nós e com nossos parceiros e com as populações, compromissos que o pesquisador deve ter em mente e que são afinados com os princípios da Espiral. Espera-se que contribuam na realização na prática dos objetivos e princípios fundantes do Núcleo de Estudos da Paisagem.

A seguir apresento essas diretrizes, que obviamente não se pretendem normativas, mas orientadoras. Não se deve confundir essas diretrizes com um procedimento normativo, pois não são. Estão abertas, e a sua transformação se verifica no amadurecimento cognitivo e emocional que ocorre no diálogo entre os participantes do grupo e com outros parceiros e grupos. Quando isso não ocorre, por vezes haverá um longo processo de compreensão de nossa incompletude, como dizia Paulo Freire, até que possamos reconhecer como uma oportunidade, nem sempre fácil, de autoconhecimento e amadurecimento.

 

a) Propõe-se como objetivos na relação pesquisador-pesquisa-grupo de pesquisa:

. aprender em cooperação com outros parceiros, eticamente motivados a partir de um crescimento pessoal e do aprendizado no diálogo e na escuta do outro;

. estabelecer uma investigação crítica das próprias percepções e valores na interação com outras paisagens e sensibilidades, na construção conjunta com outras pessoas e grupos;

. desenvolver as pesquisas com inquietação intelectual e rigor acadêmico, sabendo que os trabalhos que realizamos nos transcendem na responsabilidade social da Universidade Pública, sem anular a nossa dimensão sensível e cooperativa com os colegas que, se espera, caracterize a construção de conhecimentos;

. estabelecer processos experimentais de vivência, sensibilização e crítica individuais e coletivas, a partir dos canais possibilitados pela universidade e por formas de associação autônomas em relação a ela, a partir de programas de conhecimento-ensino-aprendizagem;

. desenvolver pesquisas vinculadas a esta proposição, fundadas em uma base ética e em uma preocupação social ativa, que problematizem e contribuam para o avanço do quadro referencial e metodológico do grupo na respectiva linha de pesquisa, a partir do enfrentamento das problemáticas específicas de cada projeto;

. contribuir na organização e aprofundamento de grupos de estudo e dos seus processos críticos e criativos, de construção e apropriação referenciais teóricos.

 

b) Propõe-se como objetivos na relação universidade-sociedade:

. confrontar o ambiente acadêmico com formas de valoração e organização externas a esse ambiente, esperando gerar uma tensão crítica que contribua para discutir o papel da Universidade, do conhecimento narrativo (prosaico) próprio do discurso acadêmico e de processos criativos decorrentes da sensibilidade (poética);

. estabelecer com parceiros externos à universidade processos de autogestão, mutualismo, ensino livre, diagnóstico e proposição socioambiental, promovendo organizações autônomas e independentes de capacitação e ações transformadoras do ambiente;

. desenvolver métodos e programas de trabalho de educação e memória popular fundados no ideal do ensino e do conhecimento livre, independente e ativo, e a capacitação para formação de novos pesquisadores e docentes, ampliando o acesso ao conhecimento e suas estruturas integrado em programas de ação efetiva.

 

c) Propõe-se como objetivos na relação Núcleo de Estudos da Paisagem-comunidade-espaço urbano:

. pensar processos criativos e cognitivos na vida cotidiana e na memória da experiência vivenciada como fundamentais a uma ação transformadora do ambiente;

. colaborar com os processos criativos e motivacionais, em diversas formas e percursos que almejem vias alternativas e autônomas de gestão coletiva, produção solidária, e convivência;

. contribuir, pela experimentação direta e coletiva de formas colaborativas de gestão e aprendizado, para a discussão de um ensino universitário experimental e ancorado na capacidade de produção de conhecimento solidário e livre;

. contribuir para a promoção de autonomia na interpretação do ambiente e identificação de seus problemas e na capacidade de propor e construir soluções estratégicas e de monitoramento das condições básicas de habitabilidade (incluindo conhecimentos ambientais e de produção e uso alternativo de recursos), saúde e educação em projetos integrados;

. reconhecer o direito fundamental das populações e pessoas envolvidas de serem informadas sobre a natureza e os  procedimentos da pesquisa e registro e manifestarem seu desejo ou não de participar;

. reconhecer como um direito fundamental dos parceiros externos o acesso aos resultados dos trabalhos, e com o compromisso do pesquisador de esclarecer dialogicamente e discutir esses resultados com os colaboradores, em um processo aberto e participante de discussão.

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Aprender entre outros, uns com os outros, para gerar ideias de ações melhores para o Século 21.
O mundo que ajudarmos a construir, sabendo disso ou não, é aquele em que viveremos.
O mundo não será diferente das atitudes que tomamos.



Animação de Euler Sandeville, provável 2001


religare ↑

espiral da sensibilidade e do conhecimento ↑



uma proposta de Euler Sandeville Jr.



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